Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano I Número 3 - Março 2009Poesia - Arnaldo Xavier
extraído do livro inédito "A Grande Obra"
A dor é imperceptível serpente antecipa o sono
As palpébras prateadas caem sobre os olhos
Sombra de carne desfolhada oculta os ossos
Anuncia penhascos de flores áridas
Há silêncios fabricados por portas fechadas
Dormem caminhos
Não há móveis e utensílios
Não há rastros de animais indica o desconhecido
Cortina luminosa molda-se corda
Não há sinais de pássaros
A travessia interior das pedras
Perdido dentro de si a dúvida o circunda costurando explicações ao pássaro sangrando morre a voar
O sorriso de verme que o quarto como um dadolouco condena parede por parede
O sentido de espera quando nunca houvera partida e o caminho nascemorre no olhar
Engenharia da escuridão
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