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| Red, Black and Green Abstract, by Laura Barbosa |
Tem dia que estou velho
Dia que moço
Verdes rugas mapeiam
O rosto
Dia sou moço
Dia velho
Tristes rugas
Que não meço
Dia moderno
Outro ancestral
Vezes angélico
Dia carnaval
Hora vampiro
Ora castiçal
Múltiplo
Concreto armado
Quase borboleta
Arma letal
Sempre morro
No final
Mas renasço sempre
De um ventre impermanente
De um verde fênix
De um outro meu
Que não sabe o velho
Nem o moço sabe
Nem se sonho ou denso
Nem se reto ou roto
Hamilton Faria publicou poesia através de conhecidas editoras brasileiras, e também nos Estados Unidos, França, Índia, Espanha e Uruguai. Participa do Programa “O Escritor na Biblioteca” da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo desde 1998, partilhando a poesia e sua obra poética com jovens dos bairros de São Paulo. É também professor titular na Faculdade de Artes Plásticas da FAAP e consultor literário e cultural de projetos no Brasil e exterior.
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