Foto source: Hole Ousia Fotomanipulação: Eduardo Miranda |
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Na tapera aranha é mato
Picumã cobre as cumeeiras
Janelas sem batentes
Portas, só os vãos
No chão batido, tocos de vela
Cacos de telhas por todo canto
O telhado pilhado evaporou...
No centro da sala, do que era sala
Um crânio de cachorro, ossos variados
Garrafas vazias, carvão da mobília queimada
O cheiro de cinza
O silêncio de cinza
O vazio de cinza...
É de cinza a poesia retida na lembrança
Que o escombro revela
Na tapera a arte é vista nas teias…
Aranha nela é mato
São as mesmas que vieram sonorizar estas linhas
De súbito )volúpia de vôo( o ruflar de asas:
Curiango, morcego, coruja, assombração…
Mera imaginação… ou recordação do susto passado?
Os grilos, invisíveis, indivisíveis, infinitos
Residindo na reminiscência...
[ in Quebrada, inédito ]
Na tapera aranha é mato
Picumã cobre as cumeeiras
Janelas sem batentes
Portas, só os vãos
No chão batido, tocos de vela
Cacos de telhas por todo canto
O telhado pilhado evaporou...
No centro da sala, do que era sala
Um crânio de cachorro, ossos variados
Garrafas vazias, carvão da mobília queimada
O cheiro de cinza
O silêncio de cinza
O vazio de cinza...
É de cinza a poesia retida na lembrança
Que o escombro revela
Na tapera a arte é vista nas teias…
Aranha nela é mato
São as mesmas que vieram sonorizar estas linhas
De súbito )volúpia de vôo( o ruflar de asas:
Curiango, morcego, coruja, assombração…
Mera imaginação… ou recordação do susto passado?
Os grilos, invisíveis, indivisíveis, infinitos
Residindo na reminiscência...
[ in Quebrada, inédito ]
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