Cruz e Souza |
Esteno Cruz & Souza Ltda.
Cruzes, Souza!
que negra máquina
fábrica de louça
inventaste!
Cruzes, Souza!
que luta dura
foi ali aqui acolá
travaste!
Cruzes, Souza!
que mulher aquela
caiada até metida
imaginaste!
Cruzes, Souza!
que balanço doido
no escritório da morte
pagaste!
Cruzes, Souza!
que colarinho branco
duro gesso
usaste!
Cruzes, Souza!
que poema
impossível de outro
criaste!
Cruzes, Souza!
que era mais? abolição
simbolos puros
procuraste!
Cruzes, Souza!
que mar de leite
na província negra
navegaste!
Cruzes, Souza!
que sonho de luto
na deserta noite
sonhaste!
Cruzes, Souza!
que vagão enorme
para um negro morto:
exageraste!
Cruzes, Souza!
fábrica de louça
inventaste!
Cruzes, Souza!
foi ali aqui acolá
travaste!
Cruzes, Souza!
caiada até metida
imaginaste!
Cruzes, Souza!
no escritório da morte
pagaste!
Cruzes, Souza!
duro gesso
usaste!
Cruzes, Souza!
impossível de outro
criaste!
Cruzes, Souza!
simbolos puros
procuraste!
Cruzes, Souza!
na província negra
navegaste!
Cruzes, Souza!
na deserta noite
sonhaste!
Cruzes, Souza!
para um negro morto:
exageraste!
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