Giorgio Morandi em Porto Alegre / engraving |
Logo ao chegar,
porto alegria.
Se no verão,
canícula de abraço que aquece;
Se no inverno,
vento que leva o que entristece.
Revisito
Reencontro
Revolvo
Recomponho
Reintegro
Revejo
cada folha
cada paralelepípedo
cada telha
cada lâmpada
cada cavaco,
células unitárias
da reentrada pelos olhos
Reouço
a palavra dita
de forma inaudita
na reentrada pelos ouvidos
reedita a nostalgia
da prosódia constrita
pela fronteira
pelo limite
pelo singular
pelo ímpar
pelo peculiar
tempo de história
trágica, inglória,
de afirmação de um ideal
que não se sabe fundado ou vão
mas se crê decente e gigantesco
para o pedinte
para o grã-fino
para o estancieiro
para o peão
para o cidadesco
para o migrante
para o homem inteiro
das latitudes álgidas
que rumam ao meridião.
Ressinto
Porto de poucos navios.
Alegre, pero-no-mucho.
Já não és lembrança,
Nem és vivência mais.
Agora, apenas
És parte
recorrente
do meu caminho.
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