Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano I Número 2 - Fevereiro 2009Foreign Words - Cruz & Souza
Cruz & Souza – Skull
by Eduardo Miranda
The leading figure of the Symbolist movement in Brazil, Cruz e Sousa was the son of freed slaves. His poetry weds the technical principles of French Symbolism to themes drawn from his social concerns and his own personal suffering. This poem describes a skull, emphasizing that we are all the same, and the death takes us all, either white or black.
Skull
I
Eyes which were eyes, two holes
Neither green nor blue, cold and dull...
Two dark eyeholes in a deep stroll
Skull!
II
Nose of delicate feature, insolent,
Shaped not to be lenient but cruel.
What's been done of the sweet scent?
Skull! Skull!!
III
Mouth of white teeth and lips
Kindly rounded and almost wailful.
Where the smile, the laugh, the quips?
Skull! Skull!! Skull!!!
Caveira
I
Olhos que foram olhos, dois buracos
Agora, fundos, no ondular da poeira...
Nem negros, nem azuis e nem opacos
Caveira!
II
Nariz de linhas, correções audazes,
De expressão aquilina e feiticeira,
Onde os olfatos virginais, falazes?!
Caveira! Caveira!!
III
Boca de dentes límpidos e finos,
De curva leve, original, ligeira,
Que é feito dos teus risos cristalinos!?
Caveira! Caveira!! Caveira!!!
I
Olhos que foram olhos, dois buracos
Agora, fundos, no ondular da poeira...
Nem negros, nem azuis e nem opacos
Caveira!
II
Nariz de linhas, correções audazes,
De expressão aquilina e feiticeira,
Onde os olfatos virginais, falazes?!
Caveira! Caveira!!
III
Boca de dentes límpidos e finos,
De curva leve, original, ligeira,
Que é feito dos teus risos cristalinos!?
Caveira! Caveira!! Caveira!!!
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