“Happy Circles” - painting by Dhanat Plewtianyingthawee |
Os degraus circundantes dos rochedos-pianistas recompõem as encruzilhadas das câmaras meteorológicas e os guardiões dos pianos-fortes, a exposição dos perfumes-da-vertigem narra e afronta a termodinâmica dos nomes albergados nos calendários tectónicos (dizem ser os sulcos libidinais do sol-vulcânico): a irreversibilidade das arenas-do-delírio despoja os predadores-seminais entre as pegadas das vertentes maternais, a silabaria elementar das estacas voadoras pigmenta os oráculos dos estômagos estelares, rusticidade-dos-eixos-imaginários sob os dançarinos das árvores-libertas-de-gêlo: as desventuras dos olhares-dos-glaciares são dentes fulgurantes da terra-divina-verbal-terra a trabalharem a incandescência milenar dos alvos-das-escoriações-das-correntes-do-vento entre os joelhos crepusculares das técnicas de caça e os mercadores-policromos das amoreiras: a perspectiva-dos-fragmentos de Godard e as abreviaturas-das-armações-dos-nómadas de Kusturica atingem a blusa iridescente do coração-da-tempestade, as bússolas desidratadas esgrimem um alpendre invisível na mensurabilidade da superfície que descruza as corolas-das-primeiras-aprendizagens como um nó desfocado da ave a lavrar as estratégias anfíbias da dor do DEVIR: colo extraído das mulheres-das-janelas prematuramente amordaçadas pela velocidade das porcelanas da luz:
os fios indecifráveis dos olhares-minerais fragmentam as ressonâncias imprimidas nas respirações nocturnas dos pássaros: as distâncias dos helicópteros-teares escondem a vegetação-dos-viadutos porque dedilham as coincidências dos mugidos das esfinges entre os formigueiros de ar e a apoteose dos mapas do historiógrafo, as simples algibeiras das lãs das bicicletas terrestres estagnam os interstícios das chuvadas-dos-aérodromos-das-bifurcações-mutáveis onde o borbulhar indivisível da tarde-das-execuções-dos-estomas entra profundamente no pressentimento das salinas-dos-percursos-alternativos como um enxame-anguloso nos decibéis dos búfalos a delimitar os candeeiros das casas-da-metamorfose: provisórias dissemelhanças dos espasmos-das-clarabóias a encarcerarem os reflexos das instantâneas gargantas-das-feras, Schoenberg: motores das vésperas iluminadoras entre as escamas inomináveis das orquestras: os refúgios-moleculares das suburbanas iluminuras chapinham as exclamações dos corredores-dos-viajantes e tudo se separa na caligrafia envidraçada das industrializadas abelhas: TRANSFIGURAÇÃO dos tentáculos voadores_____________ Lautréamont sob os olhos-das-lâminas que embalam os vapores das pontes subterrâneas como minúsculas persianas dos simulacros a estilhaçarem o soro das madeiras-radículas-do-chamamento, as asas-das-artérias-das-faíscas são uniformemente mastreadas pelo petróleo das sombras de Fritz Lang, os mármores das manjedouras navegam nos rebordos-da-exaustão das cancelas-espasmódicas que devoram as hélices dos instrumentos da translucidez, jugos metálicos na origem das sondagens dos ângulos/pulsos-das-tentativas do firmamento, as luzes das traqueias alfandegárias adubam a desarrumação dos apeadeiros-dos-bois até às simulações dos trombones magmáticos:
acumular os espontâneos esmeris nos barulhos subterrâneos dos esquifes e as bacias-dos-peixes-da-autenticidade trepidam em debandada na epopeia dos hospitais dos gladiadores-de-tentáculos: alfabeto desmemoriado das hiantes casas-dos-lobos-da-geografia, um cântico-das-extremidades é interrompido pelas transições da penúria do cobre da sonolência, os êmbolos-dos-diques-da-barbárie tentam descer até às sentenças das improvisadas tonas das escalas/lenhas-glandulares-dos-seres para assistir à viuvez dos arcos-boreais de Saint Pierre: ligar o balouço hemorrágico do coração-dos-rebanhos às taças musgosas do vocalismo das intempéries que desvendam os fósseis das antropomorfias na orgia dos luzeiros-dos-pântanos-de-arribação: as poses nómadas das esmeraldas-dos-gigantescos-semáforos são espremidas pelos espaldares ininterruptos dos insectos de Franz Kafka onde se constrói um regaço oblíquo de ligaduras-de-flechas sobre a primeira prenhez dos frutos: as tapeçarias das germinações fotografam o trabalho-ócio das chispas dos poços-das-iguanas: eléctricas heras a emborcarem as fissuras citrinas dos insectos nos ofícios milenários: os fornos cromados de dentaduras aparam a salsugem-das-rugas-dos-alguidares que esvoaçam nos seixos dos abismos-urbanos, ilustrações dos cais derramadas nas lengalengas secretas dos arquitectos-chacais, procurações-telegráficas sopradas pelos cadafalsos dos favos-dos-arabescos e as luzes das colcheias vergastam as edições das sementeiras como os ímanes dos minúsculos açudes a injectarem as vogais das lebres acossadas nas naves-arco-íris dos Sonhos de Akira Kurosawa:
os braços glaciares estocam os parênteses das trombas entardecidas pelas fotografias imprevistas das janelas, obsessivos viajantes a naufragarem no abandono apurado da floração (dádivas transgressoras dos olhos-dos-pântanos-de-outras-colecções): os historiadores das ardósias confessam o endereço da flecha-dos-abecedários nos insectos rutilantes dos balneários, as ramificações das cisternas dos utensílios repetem-se nos dormitórios dos motores-das-montanhas (a erecção irrecuperável das lanternas dos estábulos diante dos Cavalos do Significado): os zumbidos dos roteiros das fábulas são coreografados pelas pausas dos barqueiros proverbiais de Merce Cunningham, os carpinteiros-néons das janelas desentranham cinematograficamente as barbatanas de outras janelas onde as gemas das tecedeiras astrais absorvem as palmadas giratórias do aguaceiro: celebridade das estilhas a despojar os atilhos da obliquidade dos respiradouros: os contrastes instintivos dos soalhos solicitam a queimadura dos frutos e os cavadores das coincidências entre os talos dos secadouros nocturnos: os harmónios sibilinos das câmaras-da-astronomia anotam o vidro do desregramento na crispação das pistas do sangue das últimas corujas, os contrafortes dos formigueiros atravessam os golpes elípticos dos canaviais como a voluptuosidade do incêndio azul a fundir-se numa invasora jangada (A jangada das medusas): ramificar uma casa de águas com as protecções-membranares do ancoradouro: os bandos embriagados-da-linguagem ascendem das baforadas imberbes-insondáveis, imprevistos armistícios-dos-estilhaçamentos onde os vasos sanguíneos dos pássaros resplandecem abobadados nas fronteiras alucinadas das árvores: as inexpugnáveis raízes dos corvos fecundam as batalhas das trevas (Dario Argento nas avenidas-dramáticas do electrochoque) no vaivém das amêndoas crepusculares (iluminuras das especiarias orientais de Yasujiro Ozu): as enormes pupilas das margens equilibram-se nas reentrâncias dos estigmas da claridade (expatriação das fábulas interiores de La Fontaine):
bordar o isolamento dos nomes-das-cisternas-cartográficas com as trajectórias dos despojos siderais, a percussão dos olhares galopa entre as mandíbulas das soleiras e os oradores-de-tempestades enlaçam-se nas matrizes resgatadoras das nitescências onde uma rosa de gelosias-caminhantes maneja os resíduos das criaturas-das-eclosões (nadadoras-de-intersecções concentradas nos ceifeiros da outonal poeira das espécies): a culminância dos olhos-poemáticos trespassa a ressaca-arterial dos tigres e os sobressaltos das mãos-lactíferas atrelam-se à envergadura visionária-magmática dos arquitectos para projectarem as harpas estagnadas das habitações nos lavadouros inaugurais das ervas itinerantes: as palpitações cinematográficas das pálpebras de Lars Von Trier transformam-se na ironia dos cavalos verdes para voarem nos cercos eléctricos da dramaticidade: tenebrosas portam a meteorizarem os gladiadores da sombra – Dançando no escuro (vestíbulos vertiginosos nas síncopes do iodo-das-talhadeiras-rizomáticas): inesperados flancos-faunísticos na reclusão dos pirilampos fundadores dos olhos-esgrimistas (caligrafia provisória das dunas restituidoras das veias loucas numa batida altíssima e policromática): entontecer a cantaria dos criadores nas modulações das cúpulas dos sacrifícios que se perdem com os ofícios dos séculos-do-sangue-das-crinas-marinhas, as bolhas indomáveis dos dedos evaporam-se acrobaticamente nas nascenças-da-vertigem do rosto-universal, a arena-dialógica estiola ao descerrar o tempo fragilíssimo num gigantesco peixe de cobre que ensanguentou a mutação dos lábios-do-relâmpago numa cascata de anémonas-boomerangues: encontrar a murmuração das ossaturas das falésias para combinar as iluminações dos pássaros nas bocas dos fungos ardilosamente fascinantes: as vigas do corredor incomensurável demarcam-se nos biombos de luz como um balanço cortante das inexploradas ruínas, pressurosos asilos a fecharem-se secretamente nos adoráveis peitos do nevoeiro e todas as bocas de água embrulham os holofotes na solidão de uma Morte em Veneza
as reminiscências das orlas desaguam nas ciências das raízes-dos-bichos, as mitoses das habitações fulminam-se nos órgãos das palavras de García Lorca ao desmantelarem a vestimenta das vertigens e a inoculação geológica dos papiros: batimentos esfomeados dos dardos na folhagem nocturna: os sopros dos comboios vegetais desatam estranhamente as bebedeiras alienígenas da luz, as chaves-das-janelas-das-arenas-universais memorizam os bandos-dos-cânticos que se mudam secretamente sobre as cepas centrífugas dos caçadores fabulados: rastos ampliados pelas enxadas-de-silêncio dos pássaros como cachimbos de Magritte a advertirem a geometria indomável dos acusadores das estações das fluorescências meridionais: os rinocerontes-do-espanto ressuscitam os desvios das lâmpadas-placentárias entre a elasticidade das sapatas das sombras e os rebanhos-fotovoltaicos da hemoglobina: pulsionalidade dos batedores-mamíferos a predominar nas devastações da hidra, o paladar venenoso das marchas-da-hereditariedade ressalta nas alergias dos labirintos e os rochedos-dos-ritualismos são tremendamente sazonados pelos patins das germinações da busca-perdida: as conjunções-purificações da paisagem reflectem a utilidade dos embaimentos na significação libertadora dos frontispícios solares onde os centros perseguidos das fecundidades instintivas são distribuídos pela paralisação dos moscardos (Quatro moscas sobre o veludo cinza): alvoroços das cabeças dos espelhos: as faíscas do leopardo desalojam-se nos relógios viscerais ao oxidarem os laboratórios neutros do chão-transcorporado: integridade secreta da andorinha-libertária no entendimento dos volúveis rodopios da gestação-fantasmagórica, jangada hábil da hesitação a interiorizar as cenografias da adolescência das marés que paralizam as armadilhas dos teatros astrológicos:
o sabor-delírio prenhe doutros sabores-das-clarabóias oferece uma cor-das-labaredas às ameixas-zoológicas que resvalam nos atalhos do corpo-bosque-em-deslocação: as menstruações dos chifres dianteiros esvoaçam exclusivamente no reflexo do manancial transmutador das laranjeiras do abismo, plenitude extranatural dos membros respiradores de candeias, uma mordedura na sonoridade telúrica, Mikis Theodorakis a descrever as pálpebras dos sinos intrínsecos que nimbam as inflexões dos mantos seculares conservados nas raízes caçadoras de janelas-mós: cânticos estagnados no rodopio das devastações das bandeiras: os meridianos dos idiomas imperecíveis ferem-se ao rasarem no oásis das células mamíferas, gargantas de crisântemos a recuarem até à morosidade da asfixiante argila-dos-camaleões como a água sobre a água na golfada hirsuta das doações-debaixo-das-crisálidas-lucíferas: acolher o utensílio mais espesso da antiguidade nas sibilas planetárias para iluminar a sufocação dos pequeníssimos rios na turfa musical dos pousios: os abalos das florações nocturnas rastejam uníssonos nos arcos-de-canela-expansiva, os fungos violentos certificam as barcas culminantes nos embarcadouros-microbianos que glorificam o esgotamento dos caudais nas escotilhas da luz: compensar o esgotamento das litanias nas inovações dos cruzamentos-quiméricos: proximidade extasiada do umbigo cosmopolita das povoações, uma constelação de cerejeiras urbanas aprova as correspondências das estátuas trágicas/pensativas/enamoradas de Rodin e os esguichos penetrantes dos MOCHOS-OFTALMOLÓGICOS conquistam as curvaturas ininterruptas da voluptuosidade dos caiadores: o lodo vulcânico estrangula as gigantescas transmudações das MARGENS-que-batem-nas-rosáceas-dos-peixes e o hermetismo vingativo das galerias entrechoca com os tímpanos sonâmbulos da germinação: hidratar lunarmente a ciência duma abelha nómada: turbilhão de lanhos selvagens nas carótidas das cidades-das-árvores, caminhos ininteligíveis acesos nos pulmões gravitacionais onde os espelhos das tangerinas uivam como uma plúmula vociferante nas garras metalúrgicas, mármores e candeeiros a deslocarem-se na boca medicinal do êxtase: as pétalas ressoantes das tecedeiras sublevam-se sobre as falhas das idades das espécies e a estação das flechas rompem as equivalências impressas na laranja da astronomia: os archotes da garganta primordial invadem os veios duma paragem de boomerangues celestes, a matéria da imobilidade demite-se nas vulvas sonâmbulas da calçada, as aves sinistras de Allan Poe enxutam as profundidades dos aposentos porque tentam copular os faróis das pedras do vocabulário: ociosa artéria da existência a pulverizar o galope dos casulos mediterrâneos para receber a convergência púrpura das mãos-de-todos-os-lugares: dorso FEÉRICO do mistério, ancas da FERTILIDADE da alucinação, púbis no embate-agrário imprimido pelos écrans da linhagem fogosa: o derrube amoroso das línguas destinadas ao odor geométrico das remadoras, mostruário da enumeração do profuso cereal, funduras portuárias varadas pelas tensões dos canais-quadriláteros: os assobios das ferraduras batem nos inextricáveis-olhos-das-sombras e as ramas dos fornos embarcam no nervosismo da terra para fosforescerem a exactidão dos organismos com a navalha urgente da baforada-entre-campânulas: equilíbrio crepitante das unhas-da-paleografia na compreensão dos vespões-sobre-o-mosto: o ar esculpido das omnívaras deseja cravar o olor dos iluministas na entoação dos galhos das línguas-mitológicas: as alavancas moribundas dos DONS rabiscam as direcções intercaladas dos cardos que bordam os tangos combatentes de Carlos Saura nos involuntários astros: _____________ soltar as fivelas da gnose das palavras sobre as apiculturas das ruas alegóricas: urtigas-enquadradas-na-sombra-órfã onde as sentenças das sépalas ensopam as acrobacias dos queixos-meteorológicos e os globos oculares esperaram as lareiras imponentes das raízes como lançadores anabólicos a vulcanizarem-se entre as tessituras dos coros gregorianos.
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