Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano I Número 4 - Abril 2009Poesia - Arnaldo Xavier
Vazada linha ave imperceptível avessa corroa
Silenciosos passos soprados de dunas roxas
Sombras de velha estrada vento azul desfaz
Pesado fogo gota de barro frio rastro risca
Inteiriça navalha língua recorte sentido caís
Vida como traço indeciso horizonte de fios
E vidros sobrancelhas caídas sobre lâmina
Dágua bêbada flutua mais um olhar perdido
Parede branca carne roda de carro louco
Acesa dor repinta o fruto de morto adorno
Perplexo botão e rosa verbo triste sangra
Espelho quebrado de caminho retorno apaga
Pela veia fria o efêmero sorriso vermelho
Refaz estas duas asas cortadas sobre a pia
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