[Imagem enviada pelo autor] Esboço de Portinari, fonte: Internet.
Dos amores
Están clavadas dos cruces en el monte del olvido.
I - Novo testamento
O tango soava rumba quando chegou a hora,
sentado em poltronas celestes, semideus, Felix e Jara.
Minha terra verde estou de volta, Não farei Samba do Avião.
Farei o que sei fazer, olhar como criança.
A minha terra tem palmeiras abaixo das asas do Airbus A340. Pousa.
É dizer meu Deus! Terra em sursis, minha prision domiciliar.
II - Velho Testamento
Agora quero falar de amores. Não é chato: o amor é o OMO com o qual
Se deve alvejar a alma. Dois amores é atirar alvejante em roupa colorida.
Todos meus dois amores são verdadeiros.
Homens, digo, são crianças pasmadas fáceis de dar nós.
Mulheres, digo, mães sabem das mentiras ao revés, e assim mentimos.
III - Apocalipse
Eles - encantados pelo de fora pelo do que haverá atrás da montanha pela
casca da romã.
Elas - encantadas pelo que há de dentro íntimo da casa oco da árvore e
semente de lírios.
Eu hein.
IV - Evangelho Segundo o Espiritismo
Tarde de negro y blanco en Patagonia! Nuvens de rumba e gin tónica!
Amor austral! Patas en lugar de las manos! Y donde se mete las manos?
Ay, negrito. Espuma. Ay, cornejito. O dominó na mesa. Preto e branco.
Goma tropical salpicando sabanas, pasto, Meu Deus se tivesse vivido um
dia só assim teria sido toda minha vida. Já teve vontade de, tu o sabes.
Melhor dois pássaros na mão do que nenhum voando.
Santiago de Novais, nasceu em Minas, Campos Gerais. É professor de idiomas, tradutor, educador e poeta. Atualmente vive e trabalha em Nequén, Argentina.
1 comment:
lindo...adorei!!
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