acrylics, 46x53cm, by Kazuya Akimoto |
Dias No Jardim
Joe, além de existir, caminhava
Entre antúrios hibiscos gerânios
Copos-de-leite sem se cansar
Na rotina dos anos mil passos
Com cores perfumes formas,
Identificados todos na perícia.
Certo dia, enquanto remexia
Margaridas e adorava o toque
Sem grande alarme de estirpe
Sentiu nas pontas do indicador
E polegar da mão direita óbice,
Que sugeria grito de granito.
Não era pedra e entre calos
Trouxe o objeto à altura dos olhos,
Apertando-o para sentir a dureza.
Fragmento de granada no bolso
Do macacão pensou dias virão,
Em que iria aumentar o jardim.
Noutra manhã de sol e azul
Após molhar as flores as folhas
Refrigerado raízes mergulhadas
No útero carcomido de formigas
Óvulos de esterco urina e sangue,
Aspirou combustível queimado.
Nem fumaça nem chaminé vira
Nem automóvel e logo segurou
No bolso o fragmento do artefato.
Mirou o céu. Em seguida mirou
As botas de plástico.
Joe, além de existir, caminhava
Entre antúrios hibiscos gerânios
Copos-de-leite sem se cansar
Na rotina dos anos mil passos
Com cores perfumes formas,
Identificados todos na perícia.
Certo dia, enquanto remexia
Margaridas e adorava o toque
Sem grande alarme de estirpe
Sentiu nas pontas do indicador
E polegar da mão direita óbice,
Que sugeria grito de granito.
Não era pedra e entre calos
Trouxe o objeto à altura dos olhos,
Apertando-o para sentir a dureza.
Fragmento de granada no bolso
Do macacão pensou dias virão,
Em que iria aumentar o jardim.
Noutra manhã de sol e azul
Após molhar as flores as folhas
Refrigerado raízes mergulhadas
No útero carcomido de formigas
Óvulos de esterco urina e sangue,
Aspirou combustível queimado.
Nem fumaça nem chaminé vira
Nem automóvel e logo segurou
No bolso o fragmento do artefato.
Mirou o céu. Em seguida mirou
As botas de plástico.
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