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Shillelagh
I
Um dia te vejo partir com minhas riquezas
Me envergonho de ter dependido da tua caridade,
logo quem detestavas, desculpe-me, foi involuntário – para que cresças!
Não. Queira me deixar, senão eu, invernos?
II
Dádivas, as meninas pareciam bem-te-vis depois da chuva.
Glórias do passado, os meninos mandando beijinhos, coçando o saco.
Agora, troça – !!!! De tudo a vida causa sobressalto.
III
A sorte de olás de estranhos enquanto
o tempo se arrasta líquido e pensas NÃO SERÁ MELHOR QUE ME MATE?
– e verás alguém caridoso dizer: “Tudo vai ficar bem, você vai vencer!”
O revés da vida te revirando como uma canoa na água suja da vida dos outros
E é sempre nessa mistura que purificamos nossas vidas (os defeitos dos outros).
IV
Contive excesso de humildade, meu pior defeito
Sempre Surabaya! deixada no porto por 1.000 Johnny
Fui traída pelos parentes, brutal como o Hamlet do Paralelo 22!
Ah, que droga, queria minha vida um samba e acabou um tango.
Já chegamos no céu, é rápido mesmo, não se preocupe em viver.
Santiago de Novais, nasceu em Minas, Campos Gerais. É professor de idiomas, tradutor, educador e poeta. Atualmente vive e trabalha em Nequén, Argentina.
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