Gost of Atlantic - Serge Sunne, 2008 |
Noturno praiano
O mar vomita imagens no meu crânio
Que lateja prestes a explodir e libertar milhares de símbolos
Como os fogos que espocam no réveillon lançando morteiros e estrelas no céu da praia de seixos e ossos de náufragos de ilhas distantes
Na areia e no pó dos corpos marinhos reduzidos a quase nada
Que um dia o mar alimentou e o vai e vem das marés embalou como um berço
No silêncio sem eco das cavernas submarinas onde a luz não chega e os peixes cegos tateiam os corais enfeitiçados que dançam ao sabor do fluxo das águas
Onde os baús aguardam o próximo século para serem abertos e as garrafas flutuam com mensagens do fim do mundo
Que se remexem no meu cérebro
Eu estou preso a estas emoções com as cordas do meu amor que me mantém atracado firmemente mesmo durante os tsunamis e as bebedeiras de vodka, mesmo enquanto as sereias perguntam Have you ever been to Eletric Ladyland? e os solos de guitarra vagueiam e reverberam como uma trilha sonora tocada pela brisa
Os peixes dançam, as baleias e os golfinhos comunicam-se por música
Faróis pulsam para lá da neblina onde um homem mora solitário aguardando um amor que não vem
Que não vem
Como uma nau com as velas rasgadas
Sem porto de chegada
Vagando pela eternidade
Até que alguém resolva afundá-lo
Libertando seus piratas da terrível maldição e dissolvendo-os no sal.
O mar vomita imagens no meu crânio
Que lateja prestes a explodir e libertar milhares de símbolos
Como os fogos que espocam no réveillon lançando morteiros e estrelas no céu da praia de seixos e ossos de náufragos de ilhas distantes
Na areia e no pó dos corpos marinhos reduzidos a quase nada
Que um dia o mar alimentou e o vai e vem das marés embalou como um berço
No silêncio sem eco das cavernas submarinas onde a luz não chega e os peixes cegos tateiam os corais enfeitiçados que dançam ao sabor do fluxo das águas
Onde os baús aguardam o próximo século para serem abertos e as garrafas flutuam com mensagens do fim do mundo
Que se remexem no meu cérebro
Eu estou preso a estas emoções com as cordas do meu amor que me mantém atracado firmemente mesmo durante os tsunamis e as bebedeiras de vodka, mesmo enquanto as sereias perguntam Have you ever been to Eletric Ladyland? e os solos de guitarra vagueiam e reverberam como uma trilha sonora tocada pela brisa
Os peixes dançam, as baleias e os golfinhos comunicam-se por música
Faróis pulsam para lá da neblina onde um homem mora solitário aguardando um amor que não vem
Que não vem
Como uma nau com as velas rasgadas
Sem porto de chegada
Vagando pela eternidade
Até que alguém resolva afundá-lo
Libertando seus piratas da terrível maldição e dissolvendo-os no sal.
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