Joaquin Sorolla’s Figura en blanco, Biarritz, 1906 Ilustração enviada pela autora |
daquela visão
De uma paisagem que demorou a se apagar
pelo cair da noite,
despercebida...
Pois era, também ela, parte da fina renda
a circundar o sonho.
Como o labirinto onde os caminhos não se repetem,
o ciclo se fecha iniciando o próximo esperado recomeço
dos gestos precursores da delicadeza de sua alma,
ávida pelos detalhes envolventes dessa tarde,
quase crepúsculo...
Infinita magnitude!
Profunda perenidade da Aurora que abre
com a sua rósea carruagem a âmbar cortina de raios
que iluminam as recordações e
Avançam para o interior do inefável,
que são os seus momentos...
Embaralhados pela profusão de sentimentos extasiantes,
seus olhos continuam a balbuciar, entre lágrimas,
a partitura tecida com a afinação da sua voz,
Entrecortada em hiatos e tonalidades
envolventes... sinuosas...
Artifícios da longa estrada que a constitui e embeleza
qual ninfa de céus luxuriosos,
Que se impregnam dos seus desejos e cintilam,
Dourando a linda metáfora que é a sua vida.
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