René Magritte - Delusions of Grandeur II, 1948 - oil on canvas |
Crepuscular
Rósea luz na varanda.
Na rua não anda nem sombra
de passos nem vestígio de abraços.
Um corpo apagado ao findar do dia.
Mudo o realejo
pássaros recolhidos
crianças não vejo.
Ai, tenho pena de mim!
Mudou tudo lá fora?
Será que eu me fui embora
para dentro de mim?
Busco a roda e a cantiga,
a palavra amiga da menina de outrora.
Não escuto sua voz
e nem encontro adiante a jovem confiante
nem a marca da mulher.
Quem está na varanda?
Na tarde vazia a luz crepuscular
invade o espaço e eu me faço de aço
para não estilhaçar.
Rósea luz na varanda.
Na rua não anda nem sombra
de passos nem vestígio de abraços.
Um corpo apagado ao findar do dia.
Mudo o realejo
pássaros recolhidos
crianças não vejo.
Ai, tenho pena de mim!
Mudou tudo lá fora?
Será que eu me fui embora
para dentro de mim?
Busco a roda e a cantiga,
a palavra amiga da menina de outrora.
Não escuto sua voz
e nem encontro adiante a jovem confiante
nem a marca da mulher.
Quem está na varanda?
Na tarde vazia a luz crepuscular
invade o espaço e eu me faço de aço
para não estilhaçar.
No comments:
Post a Comment